4. O Começo e o Fim
Depois do churrasco que o meu pai fez com a família do Caio, nunca mais havia visto ele, porque eu não estava saindo de casa.
Mas, meu pai havia resolvido que íamos passar o Natal e o Ano Novo no Guarujá. Então eu estava arrumando a minha mala, porque íamos sair bem cedo e lá encontraríamos a família da Cris.
Não sabia que roupa eu ia e nem o que levar. E de repente, recebo uma mensagem no meu iPhone dizendo: “Por favor, não vai viajar não, fica aqui comigo, eu prometo que vai ser o melhor Natal da sua vida, queria passar aqui com você! Bom, eu preciso conversar com você então sai ai na sacada ou sai aqui na rua e é uma coisa muito importante pra mim e gostaria que fosse importante pra você também. De: Uma pessoa que gosta muito de você e eu acho que você já sabe então nem preciso dizer quem é.”
-Ai, gente que coisa mais fofa e eu acho que isso foi uma declaração.
-Ué filha, falando sozinha aí, que recaída não?
-Ai, mãe. Não tava falando sozinha não, só estava pensando em que roupa eu ia levar estou confusa. Mas aproveitando que você está aqui eu estou precisando tomar um ar, vou ali à rua e volto já.
-Mas......
Eu saio e nem deixei minha mãe acabei de falar e desci correndo a escada e meu pai já começou a falar só que nem ouvi e bati a porta da rua. Do jeito que a cara dele estava ele devia perguntar pra mim se alguém havia morrido ou então ia salvar a vida de alguém.
Cheguei na rua e o Caio já estava esperando portão da casa dele, só que eu fiz um sinal pra ele sair do sinal da minha mãe.
-Porque você quer que eu saia do sinal da sua mãe?
-Porque eu falei para ela que ia vir aqui tomar um ar e não para falar com você se não ela não deixaria vir aqui, mas mesmo assim eu ia vir, mas depois ela ia ficar falando na viagem amanhã.
- Ainda bem que você tocou na viagem, fica aqui comigo, passa o Natal aqui, vou morrer de saudades.
-Ah, eu também vou morrer de saudades, mas eu não posso ficar aqui se não todo mundo vai perceber que a gente ta meio que namorando. Mas então o que você queria-me dizer que é tão importante?
- Bom, então eu queria te dizer que acho que você vai gostar bastante desse natal igual eu.
-Ai, fala logo, não to agüentando de curiosidade.
-Bom, então eu vou passar o Natal no Guarujá depois de implorar pro meu pai, então quem sabe a gente não se encontra lá?
-Caio, você ta ficando doido? É claro que a gente vai se encontrar lá, a gente vai marcar pra se encontrar isso é lógico.
-Nossa você ta mesmo disposta né?
-Claro! – e de repente a gente estava se beijando.
-Bom, eu acho que já fiquei demais aqui, pra quem ia só tomar um ar não foi só tomar um ar.
-Só mais uma coisa, quando você chegar lá seu pai vai te contar outra surpresa.
-Você quer me matar hoje de surpresar hoje.
-Mais eu tenho certeza que você vai amar e falando nisso quando você ficar sabendo me manda um tweet pelo twitter que eu respondo, falando o que você achou da surpresa.
-Tá bom, eu mando e promete que vai me responder né? Você quase nunca me responde fico morrendo de raiva.
-Dessa vez eu respondo, prometo.
Eu sai, porque minha mãe já estava começando a me gritar e isso seria um mico total pra mim.
Na hora que eu entrei meu pai já veio falar comigo.
-Duda, a família do Marcus vai com a gente pra praia, passar o Natal e o Ano Novo. Ou seja, a gente vai sair junto amanhã e ah, a casa deles é do lado da nossa, eles conseguiram comprar aquela casa que estava vendendo.
-Mas e a família da Cris? A gente não ia passar o natal e o ano novo com eles?
-Então, nós vamos passar com a família da Cris e com a família do Marcus, vamos ser uma família só, vamos para a praia juntos e tudo que podemos fazer.
-Ah, por mim tudo bem, bom não vai dar pra mim ficar conversando aqui porque tenho que acabar de arrumar a minha mala.
Subi a escada correndo e quando entrei no meu quarto já fui escrever para o Caio, dizendo: “@CaioPietro eu adorei a sua surpresa, simplesmente vai ser o melhor natal, ainda mais passando todo mundo junto.” E enquanto, eu esperava ele responder continuava arrumando a mala. E assim veio uma resposta: “@DudaPettler sabia que você ia adorar, eu que fiz isso tudo e convenci meu pai a viajar tudo isso por causa de você...
Pelo jeito tinha mais coisa que ele queria dizer, mas não coube nos 140 caracteres, e depois tinha mais: “@DudaPettler , eu não queria ficar quase um mês sem te ver, seria muito triste pra mim e eu ia sofrer muito também. Nossa, uma declaração via twitter ninguém fez pra mim. @CaioPietro nossa, que lindo, eu também não conseguiria ficar quase um mês sem te ver. Vou ter que sair, beijo até amanhã. Agora, saí do twitter e fui acabar de arrumar a minha mala, se não a minha mãe depois ia ficar falando que eu não arrumei a mala. Mas, eu ainda não conseguia saber qual roupa levar, já que agora eu teria que levar roupas bonitas para ficar bem arrumada para o Caio, só que havia um pequeno problema: eu não tinha roupas bonitas, porque eu já tinha acostumado com elas e então achava elas horrorosas, mas não tinha como comprar outras agora e ninguém ia concordar deu comprar roupas e então eu tinha que levar essas mesmas roupas mesmo, apesar de não gostar.
Decidi acabar de arrumar só pra andar mais rápido e eu poder dormir pra amanhã chegar mais rápido.
Acordei era 07h30min e estava morrendo de sono ainda, porque havia ido dormir muito tarde por causa da roupas pra colocar na mala. Desci e o meu pai e minha mãe estava na cozinha tomando café, sem conversar o que é um momento raro entre eles.
-Oi, pai. Oi mãe. –cheguei a um momento raro na minha família, meu pai e minha mãe não estavam conversando, nem criticando e nem julgando o governo, isso sim é que acordar bem para ir viajar.
-Oi, Duda, senta aqui para tomarmos um café família e depois você pega as suas coisas e coloca no Porsche.
-Tá bom, mais agora eu posso tomar meu café em paz sem pressão dos meus queridos pais?
Pela primeira vez no dia minha mãe falou comigo, nem ‘oi’ ela tinha me falado quando eu havia chegado.
-Queridos pais? Nossa faz quanto tempo que você não chama a gente assim? É Roberto, estamos ficando velhos, antes ela chamava a gente assim direto, agora nem vemos ela.
-Ah, podemos pensar assim só que temos sorte que ela ainda está indo nas viagens junto com a gente. Porque outras meninas da idade dela nem viajam mais com a família é só amigos e namorados.
-Ai, gente, dá pra parar, isso ta ficando muito esquisito. Deixa-me tomar meu café em paz de uma vez, vai?
Eles saíram da mesa e eu continuei tomando café sozinho depois retirei as coisas da mesa. Estava toda concentrada quando de repente meu celular começa a vibrar no meu bolso e tocando a musica do Teatro Mágico, Ana e o Mar, havia colocado essa música para o Caio, quando ele ligasse ou então quando mandasse mensagem. Então recebi a seguinte mensagem:
“Minha linda, é hoje, será hoje que a gente vai passar a nossa primeira viagem juntos, conversando, discutindo dobre tudo e sobre todos, rindo das bobeiras e das tristezas ou então da desgraça alheia. Não sei o que vamos fazer só sei que iremos ser felizes nessa viagem e quem sabe revelar o nosso namoro? Talvez possamos já chamar isso de um namoro, pense sobre isso na viagem e depois me conte pessoalmente, não me mande mensagem de volta, não terei tempo de vê-la estou ajudando meu pai com as coisas.”
De repente, comecei a gritar e nem tinha percebido, fui perceber quando meu pai chegou lá gritando:
-Filha, o que ta acontecendo? Viu uma barata? O que foi?
-Epa- gritei alto demais- nada não pai, só percebi que eu ainda estou de pijama e a gente já está saindo.
Sai correndo e fui para o meu quarto. Trocar de roupa, abri o guarda roupa e não tinha quase nada, lembrei que todas as minhas roupas novas estavam na mala então resolvi montar meu visual de novo, com roupas novas e velhas. Peguei uma saia que era da minha mãe, eu só tinha customizado ela um pouco, diminuindo o tamanho e colocando um cinto para amarrar, ela estava um pouco larga, era toda preta. Peguei uma blusa T-shirt, toda desenhada igual a dos anos 80 que também era da minha mãe, só que tinha cortado para o meu tamanho. Coloquei meia- calça porque estava fazendo 12 graus de acordo com o meu iPhone, isso porque é Primavera. Peguei o meu sapato preferido vermelho, da Melissa.
Desci com as minhas malas, meu nécessaire e a minha bolsa. Quando cheguei lá na sala meu pai quase enfartou.
-Nossa pai o que aconteceu?
- Aonde você vai desse jeito? Ta parecendo que vai naquelas festas que tem que pagar.
Não agüentava quando meu pai falava desse jeito. Ele nunca sabia o nome de ‘balada’ sempre falava que era uma festa que pagava. E eu começava a rir e ele nunca entendia.
-Pai, já disse que isso se chama balada. BALADA: B- A- L- A - D-A eu sempre traduzia e ele nunca sabia o que era.
-Ai, tanto faz, você entende o que eu falo, mais então, vamos logo com isso, coloca lá no Porsche.
-Tudo bem, pai.
Minha mãe não ia deixar aquilo barato e eu contava tudo pra ela o que acontecia comigo e essa ela não me ia deixar escapar, porque eu estava vestida daquele jeito pra ir para a praia, nunca havia ido daquele jeito.
-Filha, espera um pouco. Porque você está indo desse jeito pra praia? Você sempre vai de short e chinelo havaiano. Porque essa mudança radical no visual?
-Ai, mãe, quando chegar à hora eu te explico certinho, ta?
Nem esperei ela responder e já fui logo para a garagem para colocar as malas no carro. Quando eu ouvi meu pai gritando.
-Duda, tira o carro para ficar mais fácil, porque eu to ajudando a sua mãe aqui na cozinha.
-Tá bom.
Tirei o carro e coloquei-o quase de frente a casa do Caio, só quando eu sai que eu percebi que o Caio, também estava tirando o carro pro pai dele. Ele deu um tchauzinho super discreto e eu nem isso só dei um sorriso discreto também.
Entrei no carro e não queria voltar mais em casa, só queria chegar lá na praia logo, estava morta de saudades da Cris, até que resolvi mandar uma mensagem pra ela, mas queria ver se ela estava no twitter primeiro, para podermos conversar. Entrei lá e vi que ela estava, mas a única coisa que eu queria saber: o que ela estava fazendo no twitter àquela hora da manhã, ela devia estar na praia.
Mais tudo bem, mandei o seguinte tweet:
“Cris, to morta de saudades de você! Menina como você não pode mandar nem um recado pra mim? Lembra a ultima vez que nos vimos? +”
“A gente só se viu naquela festa do meu pai, mais então como está aí? Eu to chegando, já estou dentro do carro só estou esperando a family+
“Ah, se você não sabe a família do Caio também vai, só não fique com raiva de mim, não foi minha culpa. Beijo te amo!
Fui ver se a minha mãe ou meu pai apareciam na porta, mais ninguém apareceu, então olhei para o lado, o Caio e a Lara também estava dentro do carro.
No final fui ver se a Cris havia me mandado alguma coisa e só havia:
“Duda, meu amor, também estou morrendo de saudades. Que bom que você está vindo, aqui está ótimos, está fazendo sol. Não se preocupe.+
“Eu não ligo se ela vá, não é culpa minha se seu pai chamou a família dele. Beijos, também te amo, estou te esperando aqui.”
Bom, pelo menos a praia tinha dado algum resultado pra ela, a fazendo mudar de opinião do Caio, pelo menos dava pra perceber isso. Não havia percebido, mas meu pai já estava falando com o Sr. Marcos e minha mãe já estava entrando no carro.
Estava muito concentrada ouvindo Hóri e pensando na Cris, quando recebi uma mensagem:
“Caraca, menina, você está realmente linda! Tudo isso pra quem? Sabia que o seu pai está conversando com o meu sobre o seu modo de vestir? Ele está falando que está te achando muito esquisita que você nunca foi pra praia desse jeito só foi de chinelo havaiano e essas coisas. Mais eu não estou achando nada ruim, estou adorando, e o que está escutando aí? Daqui dá pra ver, haha”
Só me faltava essa, meu pai falar sobre o meu modo de vestir para o pai do Caio. A mais isso não ia ficar assim. Quando eu falava desse jeito eu parecia aqueles atores de novela e por causa disso comecei a rir sozinha e minha mãe veio perguntar o porque.
-Filha, o que está acontecendo? Porque você está rindo?
-Ai, mãe eu estava rindo de mim mesma, não se preocupe.
Então decidi responder a mensagem do Caio, já que tinha me divertido bastante.
“Ai, brigada, mais vou matar o meu pai por estar falando isso, e eu só fui uma vez pra praia de chinelo havaiano. Ah, eu estou escutando Hóri, perfeito, claro olha quem canta né? Não fica com ciúme, ta bom? Haha”
Era a primeira vez que eu tentava passar ciúme no Caio, eu só queria ver se ele ficava mesmo, na hora que eu enviei olhei bem pro carro dele só pra olhar a sua cara. Não deu tempo, meu pai chegou e já foi ligando o carro e saindo, fiz uma cara de tristeza, ai minha mãe já foi logo perguntando:
-Nossa filha quem morreu? Pela sua cara alguém morreu mesmo. O que aconteceu?
-Ah, nada mãe, só lembrei que faz muito tempo que não vejo a Cris ai bateu a saudades dela.
Não falei mais e fiquei escutando a música. E de repente recebi uma mensagem do Caio:
“ Não mata não, eu gostei dele falando, mais então, escutando Hóri? E pra sua informação quem canta é horroroso, nunca vi homem mais feio em toda a minha vida. E eu não estou com ciúme.”
Claro, ele falou que não estava com ciúme, mas ele estava sim. Apesar disso eu não quis complicar e só mandei uma mensagem curta, não estava muito animada pra escrever.
“Bom, se você não gosta de Hóri não é culpa minha, mas eu vou parar de mandar mensagem porque eu estou ficando com preguiça, haha, a gente se fala lá na praia.”
-Mãe, porque meu pai apressa a gente tanto pra ir e na hora de ir ele fica enrolando?- eu não o compreendia de forma alguma.
-Ai, filha, você conhece o seu pai, mais pode despreocupar que ele já está vindo.
Olhei para o lado para ver se ele estava vindo mesmo, estava e percebi que o Caio olhava para mim e fui ficando vermelha, então decidi parar de olhar para ele e entrei no meu twitter dizendo.
“Indo para o Guarujá, só esperando o meu pai acabar de conversar ali”
Decidi entrar no site da CAPRICHO, mas não havia nada de interessante, então resolvi finalmente entrar no MSN. E observei que a galera da Redação da CAPRICHO, estava on-line, me animei, pois eles haviam falado que precisavam conversar comigo. Enquanto eu imaginava com o que eles queriam falar comigo, meu pai entrou no carro e logo disse.
-Vamos, porque eu fiquei muito animado pra ir! –ele falou quase que cantando.
-Nossa, pai, porque essa felicidade?- com certeza eu não estava entendendo mais nada.
-Ah, filha, o Marcus me animou. – e deu uma gargalhada.
-Então ta pai.
Parei de conversar com o me pai e percebi que a Redação da CAPRICHO, havia falado comigo e eu nem tinha visto, estava torcendo para eles não terem saído.
Redação CAPRICHO:
- Oi, Duda, tudo bom?
Duda diz:
-Olá, tudo sim e com vocês?
Redação CAPRICHO:
-Aqui também, então nós estávamos conversando aqui e percebemos que você é muito linda e fashion. Por isso decidimos chamá-la para fazer parte da Galera CAPRICHO.
Duda diz:
-Não acredito, eu aceito fazer parte sim.
Redação CAPRICHO:
-Então, nós ficamos sabendo que você irá vir para o Guarujá e nós vamos fazer uma série do blog Vida de Garoto e queria saber se você gostaria de participar e ai que tal?
Duda diz:
-Claro que sim, mais como combinamos tudo?
Redação CAPRICHO:
-Me passa o seu telefone e entraremos em contato daqui a algumas horas para podermos combinar tudo.
Então, passei o numero do meu celular e não me contia de tanta felicidade.
Duda diz:
-Tudo bem então, vou ficar esperando.
Redação CAPRICHO:
-Tudo bem, vou sair, beijo, NOVA GALERA, haha.
Duda diz:
-haha, beijo.
De repente, eu estava gritando dentro do carro e ninguém estava entendendo nada o porquê que eu havia ficado tão feliz, então decidi postar no meu twitter.
“Não to acreditando a @capricho acabou de me informar que eu vou participar da @galeraCH. Morrendo aqui”.
Depois disso, sai da internet e decidi escutar um pouco de música, liguei meu iPod e estava na música do Coldplay Cloks. Eu adorava essa música, só que eu estava com muito sono e dormi escutando ela. Acordei e nós estávamos chegando a uma cidade só que eu estava com o olho embaçado e não havia identificado qual cidade era, até que passamos por uma placa que dizia: “São Paulo a 7 km” Não estava entendendo, pois meu pai odiava passar por dentro de São Paulo pra ir para Guarujá.
-Pai, porque a gente ta passando por aqui? Você nunca gostou de passar por dentro de São Paulo.
-Ai, filha, você vai saber na hora certa.
Com certeza, meu pai estava planejando alguma coisa e era com o Marcus. Enquanto eu estava concentrada nos meus pensamentos, recebi uma mensagem dizendo: “Você sabe por que a gente ta passando aqui por dentro de São Paulo? Meu pai nunca gostou de passar por aqui e agora está passando, entendendo mais nada, sabe de alguma coisa?” Logo eu descobri que a mensagem era do Caio. Não queria responder, mais fiquei com dó, pois ele iria ficar esperando e eu não ia responder. “Então, meu pai também nunca gostou de passar por aqui, ele só falou que na hora certa eu ia saber, também não estou entendendo mais nada” Só escrevi isso, pois não havia mais nada a dizer. Estava ficando tão preocupada que nem percebi que musica estava tocando no meu iPod, quando fui dar uma olhada estava tocando Fifteen da Taylor Swift, eu simplesmente adorava essa música, quando percebi eu estava cantando junto com ela e só vi minha mãe me olhar estranhando a minha alegria.
-Duda, ta mesmo animada né? Nunca vi você cantando nenhuma musica. – ela deu uma gargalhada que eu parei de cantar na hora, pois não havia escutado o que ela tinha falado só ouvi a gargalhada.
Decidi não perguntar o porquê da gargalhada e queria ouvir uma musica diferente e coloquei “Desde quando você se foi- Fresno” e me lembrei do meu ultimo relacionamento, essa era a minha musica com o Victor, nós nos conhecemos no show do Fresno e estava tocando essa música, só de lembrar foi lindo mesmo. Ele tinha o cabelo moreno enrolado nas pontas, com franjão, a pele branca e olhos pretos. Namoramos muito tempo, um ano e seis meses. Mas peguei ele beijando outra, aquilo fez surtar, mas depois me recuperei e nunca mais o vi na minha frente. Quando me percebi estava chorando, aquela música era muito sentimental, mas não estava entendendo, pois eu tinha certeza que não gostava mais dele, então o porquê daquela lágrima? Era uma pergunta que eu não sabia responder de jeito nenhum. Eu só queria saber era de limpar aquelas lagrimas, se a minha mãe visse já iria logo começar o interrogatório, então resolvi mudar de musica também e coloquei “Fly with me- Jonas Brothers” coloquei essa musica e lembrei do Caio, a risada dele fazia eu ir nas alturas. Como o próprio nome da musica dizia: Fly era voar. De repente meu pai parou o carro em frente a um apartamento e logo atrás dele estava o carro do Sr.Marcus.
-Pronto, filha, sua curiosidade vai acabar aqui. – agora sim, eu estava totalmente perdida, não sabia nem o que dizer e nem o que fazer, então resolvi olhar para o lado quando olho eu vejo a Cris na portaria, sem mesmo pensar saio do carro com tudo e vou abraçar a Cris.
-Criiiiiiiiiiiiiiiiiiis, ai, quanto tempo, quantas saudades de você sumida, mais antes de qualquer coisa você poderia me explicar o que eu to fazendo aqui? E o que você também ta fazendo aqui? Você não estava na praia?
Era tantas perguntas que até eu me perdi no que eu havia falado.
-Calma, Duda, uma pergunta de cada vez. – ela deu uma risada.- Bom, eu também tava morta de saudades de você, sabe esse prédio aqui atrás de mim? Então, a gente vai morar aqui. – quando eu me liguei o Caio estava atrás de mim ouvindo toda a nossa conversa. – Eu sou a surpresa que o seu pai tava planejando, lembra que hoje você perguntou por que eu não estava na praia? Então, eu não estava no Guarujá eu já estava aqui.
Estava tudo claro na minha cabeça.
-Não acredito, a gente vai morar junto e ainda aqui em São Paulo? Nossa, morri ao cubo agora. – eu, o Caio e a Cris começamos a rir. – Ai, mais a gente vai estudar aqui né? Não to me agüentando aqui.
-Mais ainda tem outra noticia. – meu pai estava atrás de mim agora falando.
-Ué, tem o que mais?
-A pior noticia. – a Cris fez uma cara de nojo, só que como eu estava um pouco lerda para raciocinar nem pensei o que seria.
-O Caio, vai morar junto com vocês, a casa tem 3 quartos, todos tem suíte com banheira é bem grande. Acho que cabem vocês três lá dentro. – quando ele acabou de falar todos rirão.
Agora eu tinha entendido a cara de nojo da Cris, ela ainda gostava do Caio. Mas isso não me importava, eu estava tão feliz que quando eu me vi estava abraçando o Caio e a Cris junto, os dois se entreolharam e depois fecharam a cara comigo, então resolvi solta-los. Não ia ser nada fácil a convivência com eles, mas eu ia conseguiu juntar eles ainda, não como namorados, porque o Caio era meu, mas pelo menos como amigos.
-Ai, pai, muito obrigado mesmo, nem sei como te agradecer. To muito feliz mesmo, mas então o que a gente ta fazendo aqui? Eu quero conhecer a minha casa.
Entramos no prédio e depois no elevador, a Cris apertou o nono andar e quando chegou lá, ela pegou a direita e entrou no apartamento com o numero 1091, a sala era toda branca, a cozinha toda com azulejo, fomos mais para dentro e chegamos aos quartos, a Cris já foi avisando.
-Vocês dois, o primeiro quarto da direita é o meu, depois o quarto da esquerda é o do Caio e o último é o da Duda.
O quarto dela era todo lilás, já que ela amava essa cor, o do Caio todo verde, ele devia gostar dessa cor, não tive a oportunidade de perguntar, mas depois que nós morássemos juntos eu iria perguntar e o meu era todo rosa, quando eu vi, nem acreditei, porque meu pai quando reformou a casa não quis pintar o meu quarto de rosa, então já estava nos planos dele de eu vim morar aqui.
A minha cama era de casal, ela estava com lençol e edredom branco, fui para o banheiro e ele também era todo branco e como meu havia dito, tinha banheira. Era o meu sonho ter um banheiro com banheira. Só que a surpresa veio só depois, quando eu sai do banheiro dei de cara com um closet, com muitas roupas de grif, quando eu menos esperava comecei a chorar, pois desde pequena eu sonhava com um quarto com um closet e com muitas roupas e assim eu cai no chão ajoelhada e como a Cris sabia que eu ia fazer isso, ainda colocou a musica do Charlie Brown Junior, Me encontra, que eu também amava, só colocava ela em uma ocasião especial, e só a Cris iria fazer isso comigo. Olhei para ver de onde vinha a musica e todos estavam olhando para mim e assim eu comecei a chorar mais ainda e todos vieram me abraçar e agora eu estava chorando muito mais, olhei para a Cris e ela também estava chorando e assim todos estavam menos claro, o Caio, o Sr. Marcus e o meu pai.
Fui falar e a minha voz estava rouca e o meu olho vermelho.
-Bom, eu não vou falar mais nada porque se não vou começar a chorar feito uma doida aqui, mais então a gente não vai para a praia não? Eu estou morta de saudades daquela enorme casa. – dei muito ênfase no ‘enorme’.
-É, mesmo, então vamos? Cris, você vem com a gente?- meu pai perguntando, sem ao menos olhar para ela.
-Ah, vou sim, porque meu pai falou que vinha me buscar, mais o senhor sabe né? Ele sempre esquece ainda mais na praia. – ela deu uma risadinha.
Não havia entendido o porque daquela risada, mas não quis saber também, ela devia ter lembrado da última vez que o pai dela a esqueceu na rodoviária de Guarujá. Aquele dia, sim, vai ficar guardado na lembrança de todos.
Estávamos todos na praia, como de costume todos os anos, a Cris, havia ido pra Campinas visitar uma amiga que ela tinha conhecido pela internet, então o seu pai a deixou lá e foi para o Guarujá, no outro dia que ela viria embora, ela chegou na rodoviária e adivinha, onde seu pai estava? Na praia, tomando cerveja. E coitada dela, ficou lá esperando durante 3 horas, até que seu pai atendeu o celular. Hoje a gente ri, mas no dia eu quase morri de preocupação.
-Amiga, acorda do transe ai. Ta tudo bem? – ela estava me olhando com preocupação. Eu ri da cara dela, pois ela estava preocupada a toa.
-Ai, desculpas, tava lembrando aquele dia que seu pai te esqueceu na rodoviária lá na praia.
-Não acredito, eu também tava lembrando isso agora. – estava explicado aquele sorriso depois da conversa com o meu pai.
Fomos saindo do apartamento e dei uma última olhada, aquele apartamento era lindo e eu nem acreditava, ia morar com a minha melhor amiga e meu atual ‘namorado’.
Sai de lá e entrei no carro, toda sorridente, a Cris entrou no outro lado e colocou o sinto eu igualmente. Durante todo o trajeto eu não havia falado com ninguém, pois havia dormido, acordei e a gente já estava chegando no Guarujá, e ai que eu lembrei que não havia contado para a Cris do Galera CAPRICHO. Fui levantando rápido, pra não esquecer depois, porque quase sempre fazia isso.
-Cris, você não acredita. – quando eu virei para ela, ela deu um pulo e levantou assustada.
-Ai, meu deus, não fiz nada dessa vez, juro.
Eu ri, da expressão que ela fez. Sua cara dizendo tudo o que ela havia dito.
-Ah, só queria te contar que eu vou fazer parte da Galera CAPRICHO.
Quando eu acabei de falar ela não acreditava, seu olho até brilhava.
-AAAAAAAAAAAAAAH- nessa hora ela deu um grito que eu pensei que ia quebrar todos os vidros do carro. -, amiga, você conseguiu não acredito. Depois de tanta luta, você conseguiu, ai, agora eu sou importante, tenho uma amiga que faz parte da CAPRICHO. Vou esnobar pra todas as patricinhas daquela praia. – nessa hora eu não agüentei, comecei a rir, mais eu ria tanto, que até uma lágrima saiu do meu olho.
-Ai, amiga, você é a única que consegue me animar mesmo.
Assim o meu celular tocou, fui ver era da CAPRICHO.
-Alô?
-Duda? Oi, aqui é a Karol, da Redação.
-Ah, oi Karol.
-Bom, então a gente queria saber onde você vai ficar certinho pra te avisar quando vai ser as gravações.
-Tudo bem, eu vou fica no Jardim Acapulco.
-Ah, sim, acho que já vi você lá. – ela deu uma risadinha ao fundo, então ri também.
-Bom, então a gente se encontra lá. Tchau
-Tchau, até lá.
- Adivinha quem era? – fui logo perguntando pra Cris.
-Claro, a Karol, da Redação.
-Ai, amiga, parece um sonho. E nem te contei a melhor parte disso tudo, eu vou fazer parte da websérie, dos meninos do Vida de Garoto, eles vão fazer aqui em Guarujá, e então como eu vou ficar aqui eles me chamaram. – enquanto eu falava eu olhava em volta, e pensava ‘é, chegamos, que saudades de você Guarujá, mais já já mato elas todas.’ Quando olhei pra ela de novo, ela não se continha em alegria e começou a chorar.
-Porque você ta chorando Cris, te falei alguma coisa errada?
-Não, Duda, é que sabe, eu to tão feliz que você tenha conseguido realizar seu sonho que eu fico até emocionada.
-Ai, Cris, assim você faz eu até chorar também.
-Vamos parar com essa melação ai atrás, porque ninguém merece né? – meu pai disse parecendo irritado, mais no final ele só estava brincando. Eu não consegui conter o riso e comecei a rir. – Menina, que você ta rindo?
-Nada, pai, lembrando de uma piada engraçada aqui.
-Ah ta. – é claro que ele estava fingindo que acreditava em mim.
Desde que entramos no carro minha mãe não havia falado nenhuma palavra, então decidi perguntar.
-Mãe?
-Ela ta dormindo filha, ela estava cansada, deu o que fazer pra ela arrumar o seu apartamento e quando conseguiu teve que mobiliar e convidar o Caio e a Cris.
-Ah ta, bom, então acho melhor não acordar.
Ele só acenou com a cabeça. Olhei para a Cris e ela já estava dormindo de novo, o dia dela aparecia ter sido corrido, vir do Guarujá para São Paulo e depois voltar para o Guarujá. Eu também não agüentaria não.
Quando eu percebi a gente já estava chegando na nossa casa, ela era enorme, toda branca, tinha piscina, 7 quartos todos com suítes e closets. Ela sempre me passava como uma casa de gente rica, bom, era o que as minhas amigas me diziam quando a gente via pra cá. Lembro direitinho da última vez elas falaram: “ Duda, que casa chique, como você não consegue morar aqui, é tudo perfeito, tem piscina de frente ao mar, closets nos quartos, suítes, ar condicionado e tudo mais.” Só de lembrar eu começo a rir, a cara delas era a melhor impressão que eu tinha. E essa seria a minha melhor viagem, pois ficariam aqui, eu, meus pais, Caio, Cris, Sr. Marcus, Lara, Dona Helena, Sr. Emilio e Dona Laura. A Cris até tinha um irmão mais velho, mas já estava casado e depois que ele casou nunca mais o vi. Até que ele não era feio não.
Quando acordei dos meus pensamentos eu vi que meu pai já estava estacionando o carro na garagem e o Sr. Marcus igualmente. Estava olhando para o lado e percebi que a Cris também olhava a mesma coisa que eu, o Caio, me lembrei que não seria nada fácil agüentar esses dois aqui na praia e principalmente morando juntos e ainda mais quando ela soubesse que a gente estava junto. Percebi que uma mãe estava passando na minha frente, e lógico, era a da Cris.
-Duda, Duda, nossa, menina faz meia-hora que to tentando te chamar, estava sonhando com um super-herói é? – odiava quando ela fazia piadinha de quando eu estava pensando.
-Ai Cris o que foi? Só estava pensando como vai ser bom essas férias.
- Ah, vão ser ótimas, se não tem noção. – ela falou ironizando e olhando para a pessoa que estava batendo na minha janela. E eu nem havia percebido.
-Você vai colaborar né? São as nossas férias, a gente precisa descansar e se divertir, vai, por favor, por mim? – fiz uma carinha de carente e ela logo começou a rir.
-Vou tentar mais você sabe eu não suporto olhar para a cara dele.
-Mais também não precisa querer arrumar briga.
Enquanto eu falava ele batia no vidro e aquilo foi me irritando até que eu abri a porta do carro e a porta bateu com tudo na barriga dele.
-Ai, ta ficando doida Duda? Se não sabe que isso dói?
Fiquei com tanta vergonha na hora que só pensei em olhar pro chão.
-Desculpa.
Depois que respondi sai correndo e fui para a área da piscina e só ouço a Cris e ele gritando atrás de mim.
-Duda, volta aqui. Volta aqui agora.
-Viu, Caio. Olha o que você faz. Agora ninguém vai conseguir fazer ela voltar tão cedo. – a Cris falava brava com ele.
-O Cris, ninguém pediu a sua opinião e alias eu não estou a fim de conversar com você, eu vou atrás da Duda que eu ganho mais.
Eu só sei que na hora que eu fui sentar em uma das espreguiçadeiras da piscina eu levo um puxão e caio em cima de alguém. Fique tão zonza com o tombo que eu não reconheci a pessoa de imediato, quando consegui olhar para o rosto sai quase como um avião de cima ‘dele’.
-Caio, você ta ficando doido?
-Eu né Duda? Você que sai ai feita uma desmiolada e agora eu que estou ficando doida? Está tudo bem com você, parece que a sua conversa com a Cris lá dentro do carro não foi a das melhores.
-Fica quieto garoto, você não sabe de nada e fica aí falando, e pensando que sabe tudo da minha vida... – não consegui acabar de falar, pois ela colocou seu dedo nos meus lábios e na hora que eu consegui falar novamente ele me beijou. Era um beijo com saudades, vontade, emoção. Mas eu não podia continuar com aquilo, pois se todos vissem seria o fim das nossas férias. Parei de beijá-lo e sai de cima dele e voltei para o carro para pegar as minhas coisas, olhei para trás e vi-o com uma cara de quem não está entendendo nada.
-Isso não aconteceu. – foi só o que eu consegui fazer e sai dali com lágrimas nos olhos. Mas fiz de tudo para não chorar se não todo mundo ia perguntar o porquê daquele choro sem motivo.
-Como assim?
-Depois a gente conversa direito. – não estava nem um pouco animada para conversar com ele.
Sai rápido e cheguei perto da Cris que não estava entendendo nada. Não olhei para ela e nem quis puxar assunto, só entrei no carro peguei a bolsa com o meu notebook, a minha outra bolsa com carteira, celular e meu nécessaire. Percebi que a única mala que restava ali era a minha então a peguei, e fiquei aliviada, pois ela era de rodinha se não eu estaria ferrada por não agüentar levar. Eu era muito fraca. Subi as escadas e decidi colocar as malas no quarto que eu sempre ficava, ele era todo rosa, tinha uma cama de casal branca, uma mesa, o closet e o banheiro. Peguei a meu nécessaire coloquei no banheiro, tirei o meu notebook de dentro da bolsa e coloquei em cima da mesa e também coloquei a minha outra bolsa em cima da cama. Então percebi que a porta estava aberta e resolvi fechar porque daqui a pouco a Cris estava batendo aqui. Coloquei a minha mala em cima da cama, quase morrendo de tanta força que eu coloquei nos meus braços pra poder colocar. Fui guardar as coisas no closet, já que não tinha nada para fazer e não queria conversar com ninguém. O closet era enorme para o tanto de roupa que eu tinha trago e olha que eu achei que tinha trago muitas roupas. Guardei todas elas e ainda não estava preparada para encarar a minha família. Resolvi entrar no twitter, fazia tempo que não conversava com os meus seguidores.
“Oi, amores, estou aqui no Guarujá e tenho uma novidade pra vocês. Eu vou participar da série do Vida de Garoto”
Quando eu acabei de tweetar já veio um tanto de RT para mim, dizendo: “@DudaPettler, série do Vida de Garoto, que isso?”
Percebi que ninguém sabia que ia existir essa série, mais o Federico DeVito já estava falando dela para as suas fãs. Quando eu percebi havia um RT dele para mim, lógico, quase cai da cadeira, pois eu era muito fã do Vida de Garoto, qualquer lugar que eu ia levava a revista com eles na capa.
“@DudaPettler, então você é uma das meninas que vai participar da nossa série? E está fazendo parte da @galeraCH?” Então a Capricho já havia falado com eles sobre as meninas, e o melhor de tudo ele leu os meu tweets mesmo eu sendo mais uma das suas milhões de seguidoras. Então só decidi responder o que ele estava perguntando. “@federicodevito é sou eu sim! Hahaha’ É, a @capricho me chamou ontem pra fazer parte.”
Percebi que eu não tinha trocado de roupa e vir pra praia e ficar com roupa de quem vai para uma balada não é uma boa idéia. Fui para o closet e peguei meu biquíni tomara-que-caia amarelo listrado, coloquei uma saia jeans por cima e uma blusa preta com uns desenhos em dourado. Não tinha ouvido nem um barulho de alguém vindo para os quartos então lembrei que as janelas do quarto davam para a piscina e para a praia. Abri-as e estava todo mundo lá conversando, rindo e se divertindo enquanto eu lá com a consciência pesada. Mas percebi que a família da Cris já tinha chegado mais ela não estava lá e o Caio todo feliz lá nem estava importando comigo, deixa ele também.
De repente alguém bate na porta.
-Que foi? – falei irritada só pra assustar a pessoa mesmo.
-Posso entrar amiga? – a Cris sempre que queria alguma coisa ela vinha agradando, é igual um filhinho quando quer um brinquedo e vai dando abraços e beijinhos na mãe.
-Entra logo vai- falei rindo, por causa da minha comparação dela com uma criança pequena.
-Nossa ta feliz é? Parecia que não tava não, o que aconteceu? – porque ela sempre fazia um tanto de pergunta de uma vez?
-Não, só estava lembrando umas coisas aqui. – tinha até esquecido que eu estava conversando com o Federico, fui “voando” para o notebook e percebi que ele já tinha me respondido, claro, quase cai na cadeira. “@DudaPettler ah, que bom, mais você já está aí ou vai quando começar as gravações?” Que gracinha, ele estava tentando puxar assunto comigo, ele é mesmo um fofo, eu tinha até esquecido que a Cris estava lá no quarto.
-Então, o que é mais de importante do que a sua amiga. – nessa hora eu não me cabia de tanta felicidade e comecei a rir dela.
-O Federico Ezequiel DeVito, amiga! – nessa hora eu sai da cadeira e pulei na cama e rindo da cara dela que estava com espanto, não entendendo nada e feliz por mim de novo.
-Amiga, como assim? Não to entendendo é mais nada.
Eu não queria falar tudo então decidi ir ao twitter e mostrá-la, com uma simples demonstração ela quase caiu da cadeira como eu.
-Não acredito, a gente precisa comemorar isso. – imaginava que ela ia falar isso.
-Comemorar como? Só se a gente for pra praia e se jogar com roupa e tudo. – eu ri da burrice que eu falava.
-Não, Duda, a gente vai pra uma balada e se divertir. Você sabe encontrar os meninos mais lindos e pegar eles pra gente. – eu ria enquanto ela falava essas besteiras, mas eu não podia, eu estava com o Caio.
-Vou pensar no seu caso. Deixa-me voltar aqui, se não, coitado do Fede. – ela começou a rir e eu também.
Então percebi que não tinha respondido ainda, nossa, que vergonha que eu fiquei. “@federicodevito eu já estou aqui, e a @capricho ia me avisar quando começasse as gravações ;D”
Voltei para a Cris e ela estava de boquiaberta.
-Mais então, a gente vai ficar aqui com esse sol lindo? – falei olhando para fora e para a família nadando.
-A gente vai sim só que depois que você parar de conversar com o Fedê. – ela ficava tão feliz quando eu conversava com algum famoso que eu nem quis recusar, pois essa oportunidade a gente não consegue qualquer dia.
Olhei de novo para o twitter e ele tinha respondido. “@DudaPettler então você não sabe quando vai começar as gravações?”
“@federicodevito, não eles iam me avisar, você sabe?” “@DudaPettler ah então eu já te aviso só pra você não ficar com vontade, DM” Ai, gente o Federico era tão fofo, acho que era por isso que eu gostava tanto dele. Olhei para a Cris ela estava quase chorando.
-Cris, o que aconteceu?
-Ai, Duda você tinha razão o Federico é tão fofo, tão meigo, não sei como eu não gostava dele antes. – eu ria dela e ela também riam dessa declaração.
-Eu sabia que esse dia ainda ia chegar.
Ela começou a me dar tapinha no braço.
-Para boba.
-Então para você de me dar tapinha e falando nisso vou ver a DM.
Abri e tinha lá o MSN dele, claro, na hora que eu vi eu cai pra trás e o pior em cima da Cris, a gente só começou a rir porque o nosso sonho estava se realizando aos poucos. Coloquei no MSN e adicionei-o lá, de repente ele estava conversando comigo.
Federico DeVito diz:
-Oi, Duda, né? Tudo bom?
Duda Pettler diz:
-Oi, é, tudo sim e ai?
Federico DeVito diz:
- Aqui também, então, as gravações vão começar dia 25 de janeiro, vai ficar aí até esse dia?
Duda Pettler diz:
-Vou sim, bom se o meu pai e minha mãe não ficarem eu fico e depois eu vou pra São Paulo, é que é assim, eu vou morar em São Paulo quando eu for embora daqui, não vou voltar para a minha cidade natal.
Federico DeVito diz:
- Ah entendi, então a gente vai poder se ver bastante quando eu for pra São Paulo.
Duda Pettler diz:
-Claro, sempre que der certo, hahaha’. Mais Federico, vou sair agora, vou pra praia, aproveitar né? Beijos adorei falar com você.
Federico DeVito diz:
- Vai lá sim, mais então quando a gente for gravar a gente conversa muuuito mais ok?
Duda Pettler diz:
-Claro, vai ser muito legal.
Federico DeVito diz:
-Bom, então eu vou deixar você ir lá à praia. Beijos, adorei falar com você também.
Assim eu sai do MSN e olhei para a Cris, ela estava simplesmente feliz e rindo a toa.
-Eu to falando essas férias vão ser perfeitas.
-Duda, mais só uma pergunta, você vai ficar aqui quando seus pais forem embora? Como você vai? E, além disso, você vai ficar sozinha nessa mansão?
Como sempre ela estava fazendo um tanto de perguntas de uma só vez.
-Ah, só mais uma? Quanta você fez? Vou ficar aqui sim, é a minha chance e além do mais vou receber esqueceu? Eu vou embora de carro ué, a gente dá um jeito na hora e se você quiser ficar aqui comigo eu aceito, aí a gente faz festa com os nossos amigos, lembra eles vão ficar o mês de Janeiro inteirinho aqui.
-Ah ta, mais eu quero então se o caso for esse e falando nisso to morta de saudades deles e quando a gente estiver morando lá em São Paulo a gente podia ir visitar eles né? Mais e o Caio? Ele vai ter que ficar com a gente porque não vai ter carro pra ele ir embora mais cedo.
Nossa não tinha pensado naquilo, depois vou ter que ver com ele.
-É a gente pode ir visitar eles lá. O Caio, depois eu converso com ele. Mais então a gente não vai pra praia não?
-Então eu tenho que trocar de roupa, pode ir descendo que te encontro lá na piscina tudo bem?
-Tudo bem.
Essa seria a minha oportunidade de tentar me explicar para o Caio, fui ver se ele estava na piscina pela janela e quando o olhei ele estava me olhando com uma cara de tristeza. Não queria expressar nada naquele momento, então decidi sair da janela e descer enquanto a Cris trocava de roupa.
Desci que nem um papa-léguas a escada, passei pelo hall, pela sala de estar, pela sala de televisão e cheguei ao quintal, bufando, o Caio me olho com desprezo. Não queria que isso tivesse acontecido.
-Caio, Caio, Caaaaaio- comecei a gritá-lo, ou melhor, quase fazendo um escândalo isso sim.
-Que foi Duda, ta ficando doida? – porque hoje ele só falou que eu fique doida?
-Eu preciso falar com você.
-O que foi? Depois do que você fez comigo hoje não quero mais conversar com você.
-Caio, desculpa. Eu estava nervosa, estava com medo de todos verem, ninguém sabe que a gente está junto e desculpa ter aberto a porta e machucado você, foi sem querer, eu fiquei irritada de você ficar batendo o dedo no vidro. Desculpa-me, por favor?
-Eu te desculpo só que promete que nunca mais vai fazer isso? Nossa, eu fiquei muito mal. Você saiu falando que aquilo não tinha acontecido, eu não entendi. Mas você está desculpada.
-Ai, meu amor brigada. – olhei para trás e ninguém estava nos olhando, então o puxei para dentro da casa e o levei até a porta do banheiro social e o beijei com força, com vontade e com saudades. Ele não recuou, só beijou ainda mais com força.
-Pronto satisfeito? – falei rindo.
-Muito mais do que você imagina.
-Mais é só isso, a Cris já deve estar me procurando a gente ta indo pra praia, vamos?
-Vamos, mas eu preciso trocar de roupa, alias não preciso não. – enquanto ele falava se olhava e eu também o olhava. Ele estava com um short verde com branco, uma blusa branca e chinelos havaianos.
-Então ta, vamos logo.
Cheguei lá na piscina e a Cris já estava me esperando, eu teria que inventar uma desculpa pra ela. Decidi que eu não ia mais mentir para ela e fui contar tudo, mas antes tinha que contar para o Caio. Parei-o enquanto a Cris não estava olhando para a gente e cheguei bem perto do ouvido dele e disse.
-Eu vou contar para a Cris que a gente está junto, eu não agüento mais esconder isso dela. Ta na hora de abrir o jogo, depois se ela descobre pela boca de outros não vai ficar legal pro meu lado.
-Então ta, eu te entendo, pode contar.
Deixei ele para trás e fui ao encontro da Cris, eu ia contar para ela enquanto a gente estivesse indo para a praia.
-Cris, vamos? – cheguei toda animada para não dar suspeitas.
-Vamos sim! – como sempre ela era meio lerdinha e nem perguntou porque eu não estava ali no lugar combinado.
-Ah, o Caio vai com a gente ta? Coitado ficar aqui sozinho no meio desses adultos. – fiz uma cara de “que coisa mais chata”.
-Tudo bem, se ele não ficar me enchendo tudo bem.
-Ah, Cris eu preciso te contar uma coisa, mas vamos indo, não quero contar com essas pessoas nos olhando. – odiava contar alguma coisa com muita gente olhando. Ela sabia disso. Fomos saindo e eu esqueci de avisar todo mundo quando a Cris olha pra apontando para a minha mãe.
-Ai, caramba, esqueci de avisar ela.
-Mãe, eu, a Cris e o Caio estamos indo para a praia ta bom?
-Tudo bem, divirtam-se. – Ainda bem que a minha mãe sempre aceitava tudo numa boa quando a gente estava em férias.
Puxei a Cris de volta e depois puxei o Caio também e fomos saindo, só que eu percebi que eu não estava levando nada, deixei os dois lá.
-Aonde você vai Duda. – os dois falaram em coro, era até bonitinho.
-Eu me esqueci de pegar as minhas coisas, vocês sabem, iPhone, protetor solar, canga.
A Cris me olhou com uma cara “nossa, é mesmo. Como a gente pode esquecer?” E assim ela foi em direção a mim e nós subimos a escada e cada um foi para o seu quarto.
Cheguei lá e entrei direto no closet pegando uma sacola, colocando uma canga, uma toalha, o meu protetor solar, um produto pra cabelo quando eu saísse da água, peguei um livro que eu tinha lá, sabia que eu não ia ler mais tudo bem. Sai do closet e fui para a mesinha e peguei meu iPhone que estava do lado do notebook.
Eu desci, pois eu sabia que a Cris já estava pronta, ela só levava um protetor solar e o produto pro cabelo. Quando estava na metade da escada lembrei que tinha que pegar uma escova de cabelo, subi correndo e entrei no banheiro abri meu nécessaire peguei a escova e desci mais uma vez correndo, o Caio e a Cris já devia estar quase me matando lá embaixo.
Cheguei lá e eles me fuzilaram pelos olhos, juro que na hora fiquei com medo, mas eu tinha uma explicação.
-Gente, desculpas eu já estava descendo mais ai eu esqueci a escova e subi de novo, mais agora a gente vai.
Peguei os dois pelo braço e fui puxando. Tinha até esquecido que eu ia revelar que eu estava namorando o Caio para a Cris, até ela me lembrar.
-Duda, você não ia me contar alguma coisa?- na mesma hora que ela falou eu olhei para o Caio e ele também me olhou.
-Então Duda, você vai falar ou não? – ela estava pressionando, mais eu não podia falar com o Caio do meu lado, se não eu não ia conseguir falar mesmo.
-Caio você pode nos dar um pouco de licença? É rápido, só vou contar para ela. – assim que acabei de falar dei uma piscada para ele, tomara que a Cris não viu.
-Claro, eu vou indo lá já. – ele saiu correndo com o guarda-sol debaixo do braço, eu comecei a rir e ele olhou para trás e revirou os olhos.
-Então Cris, o que eu vou te contar pode te deixar um pouco brava, mais, por favor, não briga comigo?
-Ai, deixa de lero-lero e me conta logo.
-Então, tudo começou no ultimo dia da escola... - ela não me deixou terminar e já começou.
-Dá pra chegar à parte importante?
-Eu e o Caio estamos namorando, pronto falei. – quando eu acabei de falar eu abaixei a cabeça, parei e fechei os olhos.
Ela parou também e ficou me olhando, bom era essa a impressão que eu tinha, eu sabia que ela ainda sentia alguma coisa por ele, mas não queria mencionar aquilo.
-M-m-m-m-as? – ela só gaguejou não conseguiu falar mais nada. – Porque você não me falou isso antes? Só veio falar agora?
-Ai, amiga, desculpas, é que só agora que eu tive coragem e...- pensei muito bem antes de falar, mas eu tinha que continuar já que tinha vindo até aqui. – E eu só falei isso agora porque você já estava querendo ir para a balada e eu não posso mais me divertir como solteira igual antes.
-Está tudo bem amiga, te compreendo, ah então já que você ta ai namorando vou ter que arrumar um namorado também. – ela deu uma risadinha, pelo jeito ela havia compreendido.
Não agüentei e logo as lagrimas começaram a cair dos meus olhos e fui correndo a abraçá-la, ela estava com cara de espanto, de não estar entendendo nada.
-Que foi? Falei alguma coisa que não devia?
-Não é isso, eu to chorando de felicidade, de saber que você me compreendeu, de saber que você é mesmo uma amiga para sempre, e claro que eu nunca vou largar, por nada!- nossa, eu estava mesmo inspirada, falando aquelas palavras, não é pra qualquer um.
-Tá inspirada hein? – ela falou começando a fazer cócegas na minha barriga.
-Para, para, paaara- comecei a gritar no meio da rua.
-Tá bom, não quero pagar mico, aqui, bom vamos então? Só não me faça abraçar o Caio para dar parabéns, por favor, você sabe que eu não o suporto.
-Ah eu não ligo.
Chegamos à praia o Caio já tinha colocado o guarda-sol e estava sentado na areia, já que era gente que estava com a canga para colocar na areia. Ele estava sem blusa, nossa nunca tinha visto ele sem blusa, o corpo dele era todo musculoso, a barriga toda formada. Como dizem as meninas bobas da minha antiga escola, a barriga cheia de “tanquinho”, ai eu ria só de pensar nisso.
-Eu não vou lá não, to indo direto pro mar. Você leva as minhas coisas para lá? – enquanto ela a falava tirava a sua saia jeans e uma blusa vermelha, da mesma malha que a minha. Ela parecia aquelas meninas propagandas e depois mexia no cabelo só pra contrariar.
-Tá bom, eu levo. – peguei e ela saiu correndo, é ela era mesmo uma menina propaganda. Eu ria dos meus pensamentos.
Cheguei lá perto do Caio e sentei do lado dele encostando a minha cabeça no seu ombro musculoso, nossa eu me sentia a pessoa mais sortuda do mundo, todas as meninas enjoadas passavam e me fuzilavam com os olhos eu só dava um sorriso, quase que elas me matavam ali mesmo.
-Então amor, conversou com ela?
Adorava quando ele me chamava de amor, era tão romântico e desde que eu tinha chegado ali eu não conversara com ele, então ele mesmo puxou o assunto.
-Conversei e ela aceitou numa boa. – continuei a olhar para frente e percebi que a Cris estava voltando, igualzinha uma garota propaganda. – ela só falou que não ia te abraçar porque você sabe né?
Pela primeira vez eu olhara para ele, desde que a gente tinha chegado então eu não agüentei eu tive que olhar para aquela barriga, lógico, ele percebeu e pegou no meu pescoço e só falou.
-Gostou amor? Acho que fiz para você. – gente, ele era tão fofo quando ele se gamava, eu só consegui bater no braço dele, bati com tanta força que minha mãe ardeu, acho que ele nem sentiu.
-Bobo isso sim que você é.
Ele me pegou e jogou na areia, me fazendo sujar toda a minha roupa e deitou em cima de mim, eu não conseguia fazer nada, eu tentava empurrá-lo, mas era em vão até que eu desisti. Ele me olhou com uma expressão “até que enfim né?” Ele aproveitou e foi chegando, chegando até que se encostou aos meus lábios. Seu beijo era macio, gostoso e prazeroso eu não podia negar aquilo, era tão gostoso eu me sentia tão feliz. Ate que...
-Rum, rum... - claro só poderia ser a Cris.
O Caio parou de me beijar e só olhou para o lado e reviraram os olhos, ele saiu de cima de mim e eu fui me ajeitando. Retirei à areia do meu cabelo, da minha saia, da minha blusa, enfim, do meu corpo todo. Resolvi tirar aquela roupa cheia de areia, fui tentar tirar igual a Cris, é não deu certo, na hora que eu fui tirar a blusa caiu areia tudo no meu olho, no meu cabelo e ainda comi areia. Na hora de tirar a saia não aconteceu nada. Mas tanto a Cris quanto o Cai estavam olhando para mim, eu não sabia o que era então olhei para baixo, não havia nada na parte debaixo do meu biquíni, olhei para cima e também não havia nada na parte de cima do meu biquíni, então o que eles tanto olhavam para mim, só sei que eu fiquei coradinha.
-Gente, o que vocês estão olhando? Não tem nada de diferente de mim.
- Claro que tem. – disse o Caio todo feliz. Claro, mais uma vez eu sempre não entendia, sempre demorava a entender.
- Ah é? O que? Não to vendo nada.
-Você ta muito linda!- ele quase começou a pular lá.
Fingi que não tinha visto a felicidade dele e olhei direto para Cris.
-Pela primeira e ultima vez eu vou concordar com o Caio, você ta mesmo linda. Onde comprou esse biquíni que eu nunca vi?
-Ah amor, brigada. Minha mãe que comprou, nem sei da onde ela arranjou isso aqui. – eu comecei a rir.
-Ai gente já que eu estou toda cheia de areia to indo pro mar, alguém me acompanha. – virei me olhando para o Caio, eu sabia que a Cris não ia, ela acabara de voltar de lá.
-Porque você está olhando para mim? Olha para a Cri - Cristiane. – percebi que ele não conseguira a chamar de Cris, mas então continuei o encarando.
-Não vou nem responder né Caio. Vamos!
Peguei o musculoso braço dele e sai tentando puxá-lo, ele só estava andando por vontade própria porque eu não conseguia nem tirá-lo do lugar.
